quinta-feira, 4 de agosto de 2011

GAIA: GRUPO DE AÇÕES E INVESTIGAÇÕES AUTOPOIETICAS

GAIA: GRUPO DE AÇÕES E INVESTIGAÇÕES AUTOPOIETICAS

O GAIA teve início no ano de 2006 com um grupo de pesquisadores/docentes e bolsistas de Iniciação Científica da Universidade de Santa Cruz do Sul. O eixo do projeto é EDUCAÇÃO e COMPLEXIDADE. Por que complexidade? Profundamente tocados pela situação criada pelo paradigma cartesiano, calcado numa simplificação na abordagem da realidade e que têm tido implicações sociais, éticas, epistêmicas e ontológicas, devido às fragmentações das dimensões do humano, decidimos desenvolver um projeto de pesquisa/intervenção usando os pressupostos do paradigma da complexidade. Acreditamos que ao trabalhar com a articulação das diferentes dimensões da realidade podemos potencializar as faculdades humanas em direção à constituição de seres mais integrados, solidários e autores de seu próprio destino.

A ciência contemporânea a partir do movimento cibernético tem evoluído por muitas sendas complexas que caminham no sentido da integração e abordagem holística da realidade. Tem sido assim com ciências de áreas tão diversas como a Física, a Lingüística, a Química, as teorias biológicas complexas, as neurociências e muitas outras. É preciso que os pesquisadores em Educação tomem conhecimento desses movimentos complexos e repensem as práticas educativas que se constituem ainda em fonte de sofrimento para seus estudantes no sentido de que exigimos deles atitudes que são estranhas às suas necessidades naturais de constituição de si.

Essas pesquisas de vanguarda que emergiram a partir dos meados do século XX e que chegam até nós são devedoras em suas origens ao movimento cibernético que descobriu o princípio da auto-organização. Esse conceito é fundamental para paradigma da complexidade.

A abordagem complexa da realidade implica numa nova epistemológica na medida em que se apagam as fronteiras entre sujeito e objeto e conhecer e viver. Conhecer não pode mais ser considerado como captação de dados externos a nós, mas a ação efetiva de seres humanos na sua vida cotidiana. Para Humberto Maturana, que juntamente com Francisco Varela elaborou a teoria da Biologia da Cognição, já não perguntamos mais sobre O que é algo?, mas “Como faço para conhecer algo? * Trata-se de uma virada epistemológica que nos desafia para pensarmos o conhecimento, a educação e a nossa própria vida numa nova perspectiva.

A partir dessa problemática exposta, o grupo vai caminhando em diferentes direções de acordo com o subprojeto de cada pesquisador, mas convergindo para o mesmo eixo. O princípio convergência organiza o grupo que se encontra semanalmente para conversações que são elas mesmas objeto de pesquisa. Nesse site podem ser encontradas as produções e atividades do grupo bem como, o projeto de pesquisa em sua íntegra.

SEJAM BEM-VINDOS AO NOSSO BLOG E ESPERAMOS QUE INTERAJAM CONOSCO, POIS ACREDITAMOS QUE: A REDE É O MODELO DA VIDA.

* MATURANA, H.; PORKSEN, B. Del ser al hacer. Santiago: J.C. Saez, 2004